CNM - LEVANTAMENTO DA CNM REVELA QUE 89 MUNICÍPIOS AINDA NÃO POSSUEM COBERTURA 4G, APÓS UMA DÉCADA DA CHEGADA DA REDE AO BRASIL
Enquanto o país se prepara para novas relações comerciais e uma revolução na esfera da gestão pública com a chegada da quinta geração de rede móvel – a rede 5G, com as operações comerciais previstas para 29 de setembro nas capitais e no Distrito Federal. Os Municípios buscam modernizar suas legislações urbanas para agilizar a instalação das antenas para receber a nova tecnologia e as oportunidades de negócios e serviços públicos para atender a população de maneira mais eficiente.
Estes Municípios possuem redes 2G ou 3G, que são insuficientes para o acesso com agilidade a serviços bancários, educação à distância e informativos de saúde. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o celular, muitas vezes, é o único ou mesmo principal dispositivo que a população utiliza para acessar a internet, em especial, nos segmentos da população de menor renda.
Os Estados de Mato Grosso e Goiás, apresentaram a maior quantidade de Municípios do país sem cobertura 4G, respectivamente, 17 e 11. Seguida da Região Nordeste com 24 Municípios e o Piauí liderando com 5 Municípios nesta unidade da federação. Na Região Norte, 14, tendo o Tocantins na liderança com 7 Municípios. No Sudeste, o Estado de Minas Gerais é o único com 9 Municípios sem cobertura 4G e na região Sul, o estado do Paraná, lidera com seis Municípios, seguido do Rio Grande do Sul, com 5.
Segundo o levantamento, em sua grande maioria, a população destes Municípios é inferior a 30 mil habitantes, sendo que os vencedores do certame do Leilão 4G, em 2012, não tinham a obrigação de levar o 4G para os Municípios com população inferior a 30 mil. A expectativa com o Leilão 5G é assegurar a ampliação da cobertura e acesso à rede 4G ou superior para todos os Municípios do país até 2029. Este levantamento não leva em consideração aquelas municipalidades que possuem a cobertura 4G, porém a qualidade é deficitária e o acesso dificulta uma boa conexão, afetando bairros sem conexão, uma realidade que também dificulta o acesso da população a serviços.
Para a CNM, os Municípios têm papel importante em revisar suas legislações e criar mecanismos que incentivem a instalação de antenas nas áreas menos favorecidas. Por outro lado, o governo federal precisa avançar em políticas públicas de inclusão digital para viabilizar o acesso aos serviços de internet pela população mais vulnerável, que não tem condições de pagar preços comerciais pelo serviço. É preciso mais clareza da agenda governamental de iniciativas de políticas públicas para viabilizar o acesso da população de baixa renda aos serviços de internet, sem comprometer a renda desta população.
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