CNM - CNM DEFENDE REFORMA TRIBUTÁRIA ESTRUTURAL E MECANISMOS REDISTRIBUTIVOS
Em debate na Câmara sobre a Proposta de Emenda à Constituição 7/2022, que propõe um novo texto de Reforma Tributária, representante da Confederação Nacional de Municípios (CNM) defendeu a importância de mudanças realmente estruturais e de mecanismos que garantam a redistribuição adequada de receitas entre os Entes. A audiência pública – da Comissão Especial que analisa o tema – ocorreu na tarde desta terça-feira, 5 de julho.
“É fundamental para os Municípios mudar [a tributação], não podemos fazer pequenos remendos, precisamos de reforma estrutural”, destacou o chefe da Assessoria Parlamentar da CNM, André Alencar. Ele lembrou que há outros textos propondo reformas na tributação em andamento no Congresso e que a entidade tem acompanhado de forma engajada o debate tanto na Câmara quanto no Senado Federal.
Ao avaliar o texto da PEC 7/2022, Alencar apontou como mérito da proposta uma ampla autonomia aos Entes para definição de alíquotas, mas ponderou que é preciso analisar quais seriam os efeitos finais dessa medida. Ele questionou, por exemplo, o risco de guerra fiscal e a ausência de uma previsibilidade da carga tributária final.
Nesse sentido, Alencar mostrou preocupação com a versão atual da PEC 7/2022, que apresenta uma linha de autonomia arrecadatória dos Entes locais e dos Estados, “mas não trata de mecanismos de redistribuição que são importantes e têm fomentado o desenvolvimento de muitas regiões do país”. Ele citou como tais mecanismos o Fundeb e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“Ainda temos uma arrecadação muito focada na origem da atividade econômica e esses mecanismos de federalismo fiscal tratam de levar o recurso público para onde está sendo exigido serviço público (...) Sem eles, a concentração de receitas é maior”, explicou. Por isso, o chefe da Assessoria Parlamentar da CNM sugeriu que o texto amadureça alguns pontos em relação à arrecadação para manter pontos necessários ao desenvolvimento em regiões que ainda precisam de suporte. A Confederação também apresentou preocupações com a estrutura dos fiscos dos três Entes, com riscos de evasão fiscal e sugeriu a inclusão de um imposto regulatório, para desincentivar consumo de produtos que não são interessantes, como álcool e cigarro.
À convite da comissão especial, também participaram da audiência o secretário municipal de Fazenda de Aracaju (SE) e representante da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jeferson Passos e o diretor de Relações Internacionais e Intersindicais do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), Dão Real Pereira dos Santos.
INFORMATIVOS
-
DRPA – Demonstrativo de Receitas Previstas e Arrecadadas – RPPS – alteração de leiaute/exclusão para nova remessa
Saiba mais ... -
Conteúdo do documento Dados de Balanços – Balanço Financeiro.
Saiba mais ... -
Municípios podem regularizar pagamento a maior de contribuição patronal
Saiba mais ... -
CNM avalia que proposta da União à desoneração da folha não atende aos Municípios
Saiba mais ... -
Na próxima terça-feira (19), CNM promove Seminário Técnico sobre Reforma tributária - 11/03/2024
Saiba mais ... -
Saldos remanescentes: Municípios precisam estar atentos à utilização de recursos - 08/03/2024
Saiba mais ... -
Indisponibilidade Programada do Sistema Audesp - 09/03/2024
Saiba mais ... -
Reunião do Conselho Nacional de Contabilidade Municipal discute EC 109 e LC 198/2023
Saiba mais ... -
FPM: saiba como fazer o registro contábil de ajustes decorrentes da nova regra de transição para minimizar perdas
Saiba mais ... -
Liberação XSDs Dados Contábeis 2024
Saiba mais ... -
Atenção gestores, envio das informações do Siops vai até 2 de março
Saiba mais ... -
Nova versão do Programa Gerador da DCTF já está disponível para download no site da Receita
Saiba mais ... -
TCE realiza capacitação tira-dúvidas sobre repasses e prestação de contas do Terceiro Setor
Saiba mais ... -
Vedação da prorrogação da vigência da Lei Federal n.º 8.666/1993
Saiba mais ... -
Alerta sobre o atendimento à Lei Federal n.º 14.133/2021
Saiba mais ...